quarta-feira, 30 de março de 2011

Terremoto e Tsunami no Japão, uma leitura filosófica e geográfica




Semana passada, durante uma aula de geografia sobre astronomia, uma estudante do 1º. ano do Ensino médio solicitou-me que falasse sobre o Tsunami no Japão, logo que recebi o pedido da estudante, cujo nome é Juliana, exitei em falar naquele momento sobre a questão e prometi a mesma que em um momento propício trataria sobre o assunto.
Então, após alguns dias acompanhando os noticiários e refletindo sobre o acontecimento resolvi debruçar-me sobre, não somente a questão do Japão, mas as catástrofes de um modo geral, comprometendo-me em não só descrever a catástrofe do ponto de vista físico, ou como um fenômeno da natureza, mas indo além, muito mais além, espero que vocês possam vir comigo nesta viagem Juliana e demais estudantes. Para enxergar o terremoto e o Tsunami no Japão farei, conforme fizera Newton, quando disse que “Se enxerguei mais longe, foi porque me apoiei sobre os ombros de gigantes”, apoiarei-me sobre os ombros dos gigantes também para mostrar que essa questão é antiga e para ela já foram criadas inúmeras teorias.
Começaremos esse trabalho, que não será finalizado em um único momento, lembrando que o homem buscou, desde os primeiros momentos, encontrar explicações para isso onde ele está e o que ocorre a sua volta e o que ocorre com ele mesmo, as explicações sobre isso onde ele está e isso sobre sua volta diz respeito a geografia, tanto a do macro, quanto a do micro espaço, do espaço geográfico terrestre e do espaço geográfico universo, vimos que essa ânsia pelo saber está afeita no primeiro momento a uma espécie de espanto, espanto que traz em seu bojo não só o deslumbramento, mas também o medo, afinal essa natureza não é palco apenas do que é belo, mas também do que é perigoso. Se esse ser frágil, em meio a vários outros seres ferozes e várias intempéries do espaço geográfico, chamado homem quiser continuar a viver, ele vai ter que conhecer e transformar essa natureza de modo que ele possa viver seguro, evitando as grandes chuvas, terremotos,secas, animais venenosos, predadores, entre outros. Daí nasce toda a organização e construção humana, nasce a sociedade e a tecnologia, nasce aquilo que Rousseau chamará de contrato, um contrato em que todos irão cooperar na organização e construção da sociedade, respeitando, criando e aprovando regras para boa convivência, onde eu abro mão de alguns desejos a fim de assegurar a harmonia de todos. Com isso, quero dizer que o homem transformou a natureza, construiu casas, pontes, fábricas, armas, meios velozes de transporte e tudo isso ajudou o homem a sobreviver e a aumentar o número da espécie. O homem não pôde acabar com a natureza e nem acabar com os eventos naturais, mas pode burlar esses eventos, essas leis a seu favor, daí o conhecimento ser a grande guia da razão, em filosofia, chamamos de razão, essa luz, que ilumina e ajuda ver melhor. Mas essa luz pode iluminar e pode cegar. Vejamos como seguindo o exemplo do Japão.
Em março de 2011, acompanhamos o terremoto e que se seguiu do tsunami, causando grandes estragos no Japão, causando a morte de 11 mil pessoas, efeitos que não param por ai, haja vista que os estragos chegou as industriais e os resíduos delas pode provocar uma grande contaminação nuclear, o que afetara a população Japonesa sem precedentes, é uma contaminação hereditária já que a contaminação por material radioativo, provoca diversas implicações biológicas causando um comprometimento genético das células reprodutivas. E realmente não para por ai, já que a água e os alimentos acabam sendo infectados e com a circulação mundial de alimentos oriundos do Japão, os efeitos podem atingir a saúde da população de outros países. Por conta disso o acontecimento do Japão é um fato que encontra sua explicação e a fonte da sua preocupação no campo da geografia quando tratamos da geografia física e da geografia humana, com temas como a geopolítica, a globalização, e da filosofia quando nos deparamos com a ética, a escolha. Mas para compreender melhor isso começaremos entendendo como ocorre um Tsunami, isto é as causas de um tsunami e o que é um tsunami e/ou um terremoto. 

Você sabe o que é cyberbullying?

O blog Convite ao Filosofar não trata apenas de filosofia no seu modo direto, isto é, em apresentar  e esclarecer conceitos filosóficos e/ou mesmo relatar e discutir os pensamentos dos filósofos ou das várias correntes filosóficas, ele vai além e busca mostrar que a filosofia é atual e deve sim se relacionar com os diversos temas da nossa sociedade, trazendo para a compreensão desses temas elementos da filosofia tradicional, para que se possa compreende-los da melhor maneira possível. E é com esse olhar que compartilhamos um texto apresentado pela UOL educação, onde é abordado a questão do bullying em sua versão online.   



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"A propagação de apelidos e histórias mentirosas ganham o respaldo da sensação de anonimato que a Web dá", diz a pedagoga Cleo Fante, autora do livro "Bullying Escolar - perguntas e respostas", Editora Artmed.
Segundo a pesquisadora, o cyberbullying - a versão online da prática - tem potencial para fazer ainda mais vítimas que o bullying tradicional.
"Basta uma foto ou um vídeo na Internet para virar motivo de piada ou de um perfil virtual falso. Alguém se passa por você e diz que você fez ou é coisas que não são verdade", explica Fante.
No bullying offline, as principais vítimas costumam ser crianças tímidas ou com características fora do que se considera padrão (desempenho escolar melhor ou pior que o dos colegas, peso abaixo ou acima da média, por exemplo).



Cuidados com os pequenos
A inexperiência com as ferramentas virtuais e a falta de malícia deixam os pequenos mais vulneráveis ao cyberbullying.
"É comum as crianças não tomarem cuidados básicos, como não contar as senhas que utilizam e esquecer de fazer logoff de e-mail e programa de mensagens. Por isso os adultos precisam orientá-los", diz Fante.
Para a pesquisadora, o medo do bullying não pode levar os pais a proibir as crianças a utilizar a Internet.
"É uma ferramenta útil, mas precisa ser utilizada com supervisão e cuidado", diz.



Vítimas devem acionar a Justiça
Seu filho pode ser vítima de cyberbullying se...
Demonstra sinais de irritação (gritos, choro) durante e após o uso da web;
Quer checar e-mails e sites de relacionamento sempre;
De repente, afastou-se da internet ou aumentou a frequência de uso;
Apresenta desculpas para faltar às aulas;
Tem sintomas de nervosismo antes de ir à escola (dores de cabeça, de estômago, diarreia, vômitos);
Tem dificuldades de fazer amigos;
Volta da escola triste, machucado, com roupas ou material danificados.

Alguém criou uma comunidade virtual para zombar de seu filho ou está distribuindo e-mails que o ofendem. O que fazer?


O promotor de justiça criminal Lélio Braga Calhau, de Minas Gerais, dá dicas: "Se for uma comunidade ou perfil falso, é preciso fazer um 'PrintScreen' (comando que copia a imagem exibida na tela) e imprimir a figura. O responsável pela vítima pode fazer uma denúncia em delegacia de polícia ou diretamente no Ministério Público".
É necessário fornecer o máximo de detalhes possíveis sobre o caso, como endereço do site que veiculou a ofensa, dia e horário em que estava no ar e nome de quem publicou se a vítima souber.
Feita a denúncia, a Justiça exige que o site tire a página ofensiva do ar, segundo o promotor.
"O anonimato pela Internet é uma falsa impressão. A Justiça brasileira consegue descobrir o autor da ofensa e encaminha o processo contra ele", explica o promotor.
O agressor pode ser processado e ter de pagar indenização. Se for menor de idade, a conta pode pesar no bolso dos pais.
"Por isso, é preciso cuidado redobrado: os pais precisam verificar se o filho não sofre esse tipo de intimidação, já que muitos têm vergonha de contar, e, também, se ele não é um possível autor de bullying", recomenda a pedagoga Cleo Fante.
A receita para proteger os filhos das ameaças dos tempos modernos é antiga: "tem de conversar em casa, ver se está tudo bem, analisar o comportamento. A vítima de bullying dá sinais de nervosismo, irritação, perde vontade de ir à escola, se afasta dos amigos. Já o autor costuma ter comportamento violento, agressor egoísta. Cada pai tem de conhecer o filho que tem", diz Fante



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segunda-feira, 21 de março de 2011

A Alegoria da Caverna

 Sócrates: Agora imagine a nossa natureza, segundo o grau de educação que ela recebeu ou não, de acordo com o quadro que vou fazer. Imagine, pois, homens que vivem em uma morada subterrânea
em forma de caverna. A entrada se abre para a luz em toda a largura da fachada. Os homens estão no interior desde a infância, acorrentados pelas pernas e pelo pescoço, de modo que não podem
mudar de lugar nem voltar a cabeça para ver algo que não esteja diante deles. A luz lhes vem de um fogo que queima por trás deles, ao longe, no alto. Entre os prisioneiros e o fogo, há um caminho que
sobe. Imagine que esse caminho é cortado por um pequeno muro, semelhante ao tapume que os exibidores de marionetes dispõem entre eles e o público, acima do qual manobram as marionetes e
apresentam o espetáculo.
Glauco: Entendo
Sócrates: Então, ao longo desse pequeno muro, imagine homens que carregam todo o tipo de objetos fabricados, ultrapassando a altura do muro; estátuas de homens, figuras de animais, de pedra, madeira ou qualquer outro material. Provavelmente, entre os carregadores que desfilam ao longo do muro, alguns falam, outros se calam.
Glauco: Estranha descrição e estranhos prisioneiros!
Sócrates: Eles são semelhantes a nós. Primeiro, você pensa que, na situação deles, eles tenham visto algo mais do que as sombras de si mesmos e dos vizinhos que o fogo projeta na parede da caverna à sua frente?
Glauco: Como isso seria possível, se durante toda a vida eles estão condenados a ficar com a cabeça imóvel?
Sócrates: Não acontece o mesmo com os objetos que desfilam?
Glauco: É claro.
Sócrates: Então, se eles pudessem conversar, não acha que, nomeando as sombras que vêem, pensariam nomear seres reais?
Glauco: Evidentemente.
Sócrates: E se, além disso, houvesse um eco vindo da parede diante deles, quando um dos que passam ao longo do pequeno muro falasse, não acha que eles tomariam essa voz pela da sombra que desfila à sua frente?
Glauco: Sim, por Zeus.
Sócrates: Assim sendo, os homens que estão nessas condições não poderiam considerar nada como verdadeiro, a não ser as sombras dos objetos fabricados.
Glauco: Não poderia ser de outra forma.
Sócrates: Veja agora o que aconteceria se eles fossem libertados de suas correntes e curados de sua desrazão. Tudo não aconteceria naturalmente como vou dizer? Se um desses homens fosse solto,
forçado subitamente a levantar-se, a virar a cabeça, a andar, a olhar para o lado da luz, todos esses movimentos o fariam sofrer; ele ficaria ofuscado e não poderia distinguir os objetos, dos quais via apenas as sombras anteriormente. Na sua opinião, o que ele poderia responder se lhe dissessem que, antes, ele só via coisas sem consistência, que agora ele está mais perto da realidade, voltado para objetos mais reais, e que está vendo melhor? O que ele responderia se lhe designassem cada um dos objetos que desfilam, obrigando-o com perguntas, a dizer o que são? Não acha que ele ficaria embaraçado e que as sombras que ele via antes lhe pareceriam mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?
Glauco: Certamente, elas lhe pareceriam mais verdadeiras.
Sócrates: E se o forçassem a olhar para a própria luz, não achas que os olhos lhe doeriam, que ele viraria as costas e voltaria para as coisas que pode olhar e que as consideraria verdadeiramente mais
nítidas do que as coisas que lhe mostram?
Glauco: Sem dúvida alguma.Sócrates: E se o tirarem de lá à força, se o fizessem subir o íngreme
caminho montanhoso, se não o largassem até arrastá-lo para a luz do sol, ele não sofreria e se irritaria ao ser assim empurrado para fora? E, chegando à luz, com os olhos ofuscados pelo brilho, não seria capaz de ver nenhum desses objetos, que nós afirmamos agora serem verdadeiros.
Glauco: Ele não poderá vê-los, pelo menos nos primeiros momentos.
Sócrates: É preciso que ele se habitue, para que possa ver as coisas do alto. Primeiro, ele distinguirá mais facilmente as sombras, depois, as imagens dos homens e dos outros objetos refletidas na água,
depois os próprios objetos. Em segundo lugar, durante a noite, ele poderá contemplar as constelações e o próprio céu, e voltar o olhar para a luz dos astros e da lua mais facilmente que durante o dia para o sol e para a luz do sol.
Glauco: Sem dúvida.
Sócrates: Finalmente, ele poderá contemplar o sol, não o seu reflexo nas águas ou em outra superfície lisa, mas o próprio sol, no lugar do sol, o sol tal como é.
Glauco: Certamente.
Sócrates: Depois disso, poderá raciocinar a respeito do sol, concluir que é ele que produz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível, e que é, de algum modo a causa de tudo o que ele e
seus companheiros viam na caverna.
Glauco: É indubitável que ele chegará a essa conclusão.
Sócrates: Nesse momento, se ele se lembrar de sua primeira morada, da ciência que ali se possuía e de seus antigos companheiros, não acha que ficaria feliz com a mudança e teria pena deles?
Glauco: Claro que sim.
Sócrates: Quanto às honras e louvores que eles se atribuíam mutuamente outrora, quanto às recompensas concedidas àquele que fosse dotado de uma visão mais aguda para discernir a passagem das sombras na parede e de uma memória mais fiel para se lembrar com exatidão daquelas que precedem certas outras ou que lhes sucedem, as que vêm juntas, e que, por isso mesmo, era o mais hábil para conjeturar a que viria depois, acha que nosso homem teria inveja dele, que as honras e a confiança assim adquiridas entre os companheiros lhe dariam inveja? Ele não pensaria antes, como o herói de Homero, que mais vale “viver como escravo de um lavrador” e suportar qualquer provação do que voltar à visão ilusória da caverna e viver como se vive lá?
Glauco: Concordo com você. Ele aceitaria qualquer provação para não viver como se vive lá.
Sócrates: Reflita ainda nisto: suponha que esse homem volte à caverna e retome o seu antigo lugar. Desta vez, não seria pelas trevas que ele teria os olhos ofuscados, ao vir diretamente do sol?
Glauco: Naturalmente.
Sócrates: E se ele tivesse que emitir de novo um juízo sobre as sombras e entrar em competição com os prisioneiros que continuaram acorrentados, enquanto sua vista ainda está confusa, seus olhos ainda não se recompuseram, enquanto lhe deram um tempo curto demais para acostumar-se com a escuridão, ele não ficaria ridículo? Os prisioneiros não diriam que, depois de ter ido até o alto, voltou com a vista perdida, que não vale mesmo a pena subir até lá? E se alguém tentasse retirar os seus laços, fazê-los subir, você acredita que, se pudessem agarrá-lo e executá-lo, não o matariam?
Glauco: Sem dúvida alguma, eles o matariam.
Sócrates: E agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar exatamente essa alegoria ao que dissemos anteriormente. Devemos assimilar o mundo que apreendemos pela vista à estada na prisão, a luz do fogo que ilumina a caverna à ação do sol. Quanto à subida e à contemplação do que há no alto, considera que se trata da ascensão da alma até o lugar inteligível, e não te enganarás sobre minha
esperança, já que desejas conhecê-la. Deus sabe se há alguma possibilidade de que ela seja fundada sobre a verdade. Em todo o caso eis o que me aparece tal como me aparece; nos últimos limites
do mundo inteligível aparece-me a idéia do Bem, que se percebe com dificuldade, mas que não se pode ver sem concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de belo. No mundo visível, ela gera a luz e o senhor da luz, no mundo inteligível ela própria é a soberana que dispensa a verdade e a inteligência. Acrescento que é preciso vê-la se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida privada, seja na vida pública.
Glauco: Tanto quanto sou capaz de compreender-te, concordo contigo.

Referência:

A Alegoria da caverna: A Republica, 514a-517c tradução de Lucy Magalhães.
In: MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia: dos Pré-socráticos a Wittgenstein. 2a
 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,

Sobre a Vírgula




Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI
(Associação Brasileira de Imprensa).

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere..

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar. 
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua
informação.

Detalhes Adicionais:

"SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À
SUA PROCURA.



* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...

* Se você for homem, certamente colocou a vírgula depois de TEM...

sexta-feira, 18 de março de 2011

De onde viemos?

Vejam essa série apresentada no Programa Fantástico, ela estimula nosso interesse por este macro espaço chamado universo e nossa atividade para a próxima aula que está no post logo abaixo.
Boa viagem tripulantes da nave terra


Havia o antes do início e o início se fez. Como se fez esse início e o que fora sua causa? Eis a questão que não quer calar.

 INTRODUÇÃO

“e quem colocou aqueles vagalumes lá no céu e tudim girando feito roda de são joão. Foi um estrondo com a mão de deus.”

     Durante a semana retomamos nossas aulas em geografia com o conteúdo “A astronomia”, descobrimos que o termo astronomia quer indicar o ensino dos astros e que essa etimologia está atrelada a crença dos povos antigos como os babilônios, os egípcios e os gregos e que essa crença fundava-se na concepção de que as estrelas e os planetas com seus movimentos tinham uma influência muito forte na vida humana e que tinham muito a nos ensinar. Assim a observação do espaço macro possibilitou a organização humana no que diz respeito a divisão temporal,  plantio, localização. Descobrimos que as primeiras explicações acerca do movimento do universo fundava-se em um Deus ou em vários deuses, apresentamos os problemas para essa explicação e narramos como essa aporia levou a primeira explicação do funcionamento do movimento planetário sem a participação da divindade e que essa explicação criada sobretudo por Aristóteles chama-se geocentrismo  e prevaleceu por cerca de 1800 anos. No século XVI as idéias do geocentrismo fora severamente criticada e vimos nesta crítica as idéias de Copérnico, Kepler e Galileu, sobretudo as idéias que derrubaram o geocentrismo e possibilitaram a concepção de um sistema heliocêntrico, estudamos mais detalhadamente as 3 leis de Kepler que descreve as órbitas e o processo de translação planetária.
Por último, pincelamos a informação de que o objeto de estudo da astronomia, no meado da modernidade, deslocara-se do funcionamento do universo para a origem do universo, ou a origem de tudo. Assim iniciamos uma discussão em torno das diversas teorias apresentadas acerca da origem do universo. Sua origem é criacionista? É evolucionista? É estacionária? O que significa cada uma e quais seus argumentos é o que veremos agora. Solicito aos estudantes que leiam com atenção cada uma de maneira critica, buscando compreender os pontos fortes e fracos de cada uma.

“No princípio, Deus criou os céus e a terra (...) Deus disse: Faça-se a luz! E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas. Deus chamou à luz DIA, e às trevas NOITE. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o primeiro dia. Deus disse: Faça-se um firmamento entre as águas, e separe ele umas das outras. Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam debaixo do firmamento daquelas que estavam por cima. E assim se fez. Deus chamou ao firmamento CÉUS. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o segundo dia.Deus disse: Que as águas que estão debaixo dos céus se ajuntem num mesmo lugar, e apareça o elemento árido. E assim se fez. 10Deus chamou ao elemento árido TERRA, e ao ajuntamento das águas MAR”
Havia inicialmente um concentrado inimaginável de matéria-energia em perfeito equilíbrio. Sem sabermos por quê, ocorreu o big-bang*. Este significa a explosão potentíssima daquele concentrado, lançando energia e matéria em todas as direções. O big-bang expressa, assim, uma primeira e incomensurável instabilidade, um caos de dimensões incalculáveis. Tudo explode e se expande. A explosão significa a irrupção da desordem. A expansão, porém, significa a constituição da ordem. O universo, cada ser, cada coisa, contêm dentro de si os dois movimentos, o caos ( desordem) e o cosmos (ordem).” (Leonardo Boff)
Algumas teorias sobre a origem do mundo que algumas religiões, culturas do planeta, já responderam sobre estas perguntas: De onde veio isso tudo? Quem criou? E como criou?

 Egipto: A terra surgiu do Nilo 

Havia no Egipto Antigo vários mitos sobre a criação, contam-se pelo menos 10 divindades criadoras.
Antes de todas as coisas não havia senão trevas e “água primordial”, o Nun (oceano à semelhança do Nilo que continha todos os germes da vida).
Surgiu o senhor todo-poderoso Atum, que se criou a si próprio a partir do Num, por ter pronunciado o seu próprio nome, depois teve 2 gémeos, um filho Chu (que representava o ar seco) e uma filha Tefnut (ar húmido). Estes separaram o céu das águas e geraram Geb – a terra seca e Nut – o céu.


Grécia: A união do Céu e da Terra 
        
Para os Gregos, o início da criação era o Caos, e este gerou Érebo (a parte mais profunda dos infernos) e Nyx (a noite). Estes fizeram nascer Éter (o ar) e Hémera ( o dia).
Depois Gaia (terra) tornou-se a base em que todas as vidas têm a sua origem. Úrano (céu) casou-se com Gaia (terra). Todas as criaturas provêm desta união do céu e da terra (titãs, deuses, homens).

  
Criação Bíblica

1º Dia – “Deus criou o Céu e a Terra”
2º Dia – “Deus fez o firmamento e separou umas águas das outras e chamou firmamento de Céu”
3º Dia – Houve a Terra e os Mares
4º Dia – Deus separou os dias e as noites
5º Dia – Surgem peixes e aves
6º Dia – Surgem outros animais. Deus cria o Homem
7º Dia – “Deus descansou”     
                               
  
Teoria do BIG BANG

Teoria mais aceite sobre a origem do Universo, segundo ela o Universo teria nascido a partir de uma concentração de matéria e energia extremamente densa e quente.
Nesse momento, ocorre uma explosão, o chamado Big Bang, que desencadeia a expansão do Universo, depois a matéria arrefece e passados um bilião de anos, a matéria agrega-se para formar as primeiras galáxias.

Hinduísmo

No hinduísmo, o tempo não é linear como em outras crenças. Aqui, o tempo tem uma natureza circular, pois a criação e a evolução são repetidas eternamente, em ciclos de renovação e destruição simbolizados pela dança rítmica do deus Shiva. "Na noite do Brahma – essência de todas as coisas – a natureza é inerte e não pode se mover até que Shiva assim o deseje. Shiva desperta de seu sono profundo e através de sua dança faz aparecer a matéria à sua volta. Dançando, Shiva sustenta seus infinitos fenômenos e, quando o tempo se esgota, ainda dançando, ele destrói todas as formas por meio do fogo e se põe de novo a descansar".





Os problemas da Teoria do Big Bang

Ela viola a primeira lei da termodinâmica, segundo a qual matéria e energia não podem ser criadas ou destruídas. Os críticos alegam que a Teoria do Big Bang sugere que o universo começou do nada. Os defensores da teoria dizem que essa crítica não se justifica por dois motivos. O primeiro é que o big bang não trata da criação do universo, mas sim de sua evolução. O segundo é que, já que as leis da ciência perdem a validade quando nos aproximamos do momento de criação do universo, não existe motivo para supor que a primeira lei da termodinâmica se aplicaria. Desde que os cientistas propuseram a Teoria do Big Bang, muita gente questiona e critica o modelo. A seguir você verá uma lista das críticas mais comuns à Teoria do Big Bang.
  • Alguns críticos dizem que a formação de estrelas e galáxias viola a lei da entropia, que sugere que os sistemas em mudança se tornam progressivamente menos organizados. Mas, se você considerar o universo primeiramente como completamente homogêneo e isotrópico, então o universo atual demonstra sinais de obediência à lei da entropia. 
  • Alguns astrofísicos e cosmólogos argumentam que os cientistas interpretaram erroneamente dados como o desvio para o vermelho dos corpos celestes e a radiação cósmica de fundo. Alguns citam a ausência de corpos cósmicos exóticos que deveriam ter surgido com o big bang, como propõe a teoria. 
  • O período inicial de inflação do big bang parece violar a norma de que nada pode viajar em velocidade superior à da luz. Os defensores da teoria têm diversas respostas diferentes a essa crítica. Uma é a de que, no começo do big bang, a teoria da relatividade ainda não se aplicava. Como resultado, viajar em velocidade superior à da luz não seria um problema. Outra resposta correlata é a de que o próprio espaço pode se expandir em velocidade superior à da luz porque ele não está sob o domínio da Teoria da Gravidade.
Existem diversos modelos alternativos para explicar o desenvolvimento do universo, ainda que nenhum deles tenha sido aceito de forma tão ampla quanto a Teoria do Big Bang. 
  • O modelo do estado estacionário para o universo sugere que o universo sempre teve e sempre terá a mesma densidade. A teoria concilia as aparentes provas de que o universo está se expandindo pela sugestão de que o universo gera material em ritmo proporcional à sua taxa de expansão. 
  • modelo ecpirótico sugere que o universo é o resultado da colisão de dois mundos tridimensionais em uma quarta dimensão que está oculta. O modelo não está em conflito completo com a Teoria do Big Bang, já que, depois de algum tempo, ele se alinha aos eventos descritos pela Teoria do Big Bang. 
  • A Teoria do Grande Salto sugere que nosso universo é um de uma série de universos que primeiro se expandem e depois se contraem. O ciclo se repete em intervalos de muitos bilhões de anos. 
  • A cosmologia  de plasma tenta definir o universo em termos de suas propriedades eletrodinâmicas. O plasma é um gás ionizado, o que significa que é um gás com elétrons livres em movimento, capazes de conduzir eletricidade. 
Existem diversos outros modelos. Algumas dessas teorias (ou ainda outras, sobre as quais nem mesmo pensamos) poderão substituir a Teoria do Big Bang como modelo mais aceito para o universo, no futuro? É bastante possível. À medida que o tempo passa e nossa capacidade de estudar o universo evolui, poderemos criar modelos mais precisos sobre como o universo se desenvolveu. 

Críticas ao criacionismo


A ciência é um sistema de conhecimento baseado na observação, evidências empíricas testáveis e em explicações dos fenômenos naturais. Por outro lado, o criacionismo é baseado em interpretações literais de narrativas de determinados textos religiosos. Algumas crenças criacionistas envolvem supostas forças que se encontram fora da natureza, tais como a intervenção sobrenatural, e estas não podem ser confirmadas ou refutadas por cientistas. No entanto, muitas crenças criacionistas podem ser enquadradas como previsões testáveis sobre fenômenos como a idade da Terrasua história geológica e origens, e distribuição e relações dos organismos vivos encontrados nela. A ciência do ínicio incorporou elementos dessas crenças, mas, como a ciência se desenvolveu, essas crenças foram sendo provadas como falsas e foram substituídas por entendimentos com base em evidências acumuladas e reprodutíveis. Alguns cientistas, como Stephen Jay Gould,[41] consideram a ciência e a religião como dois campos compatíveis e complementares, sendo autoridades em áreas distintas da experiência humana, os chamados magistérios não-sobrepostos.[42] Esta visão é também apoiada por muitos teólogos, que acreditam que as origens e o significado da vidasão temas abordados pela religião, mas são a favor das explicações científicas dos fenômenos naturais sobre as crenças criacionistas. Outros cientistas, como Richard Dawkins,[43]rejeitam que os magistérios não se sobrepõem e argumentam que, refutando a interpretação literal dos criacionistas, o método científico também prejudica os textos religiosos como uma fonte de verdade. Independentemente da diversidade de pontos de vista, uma vez que as crenças criacionistas não são suportadas pela evidência empírica, o consenso científico é de que qualquer tentativa de ensinar o criacionismo como ciência deve ser rejeitada.


Tarefa:

Faça uma leitura do texto relacionando-o com o as páginas que tratam do assunto em seu módulo de geografia, buscando fixar os pontos fortes e fracos da explicação      criacionista e da evolucionista.


Processo:

Leia o texto acima e o capítulo do módulo buscado perceber a necessidade humana de descrever o espaço macro (universo) suas explicações para não só o funcionamento, mas para a origem do cosmo, as dificuldades e os mistérios que se apresentam para o homem frente ao que é amplo, tão amplo que mal podemos saber se tem fim. 

Avaliação:

Com base nas discussões do próximo debate, com base na participação na aula.

Referência:

BOFFLeonardo . A Águia e a Galinha: Uma metáfora da condição humana . 40 a ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003
SPINARDI. Ronaldo Donato. Geografia: ensino médio, 1º série. Curítiba: Positivo, 2009..
http://pt.wikipedia.org/wiki/Criacionismo