quarta-feira, 30 de março de 2011

Terremoto e Tsunami no Japão, uma leitura filosófica e geográfica




Semana passada, durante uma aula de geografia sobre astronomia, uma estudante do 1º. ano do Ensino médio solicitou-me que falasse sobre o Tsunami no Japão, logo que recebi o pedido da estudante, cujo nome é Juliana, exitei em falar naquele momento sobre a questão e prometi a mesma que em um momento propício trataria sobre o assunto.
Então, após alguns dias acompanhando os noticiários e refletindo sobre o acontecimento resolvi debruçar-me sobre, não somente a questão do Japão, mas as catástrofes de um modo geral, comprometendo-me em não só descrever a catástrofe do ponto de vista físico, ou como um fenômeno da natureza, mas indo além, muito mais além, espero que vocês possam vir comigo nesta viagem Juliana e demais estudantes. Para enxergar o terremoto e o Tsunami no Japão farei, conforme fizera Newton, quando disse que “Se enxerguei mais longe, foi porque me apoiei sobre os ombros de gigantes”, apoiarei-me sobre os ombros dos gigantes também para mostrar que essa questão é antiga e para ela já foram criadas inúmeras teorias.
Começaremos esse trabalho, que não será finalizado em um único momento, lembrando que o homem buscou, desde os primeiros momentos, encontrar explicações para isso onde ele está e o que ocorre a sua volta e o que ocorre com ele mesmo, as explicações sobre isso onde ele está e isso sobre sua volta diz respeito a geografia, tanto a do macro, quanto a do micro espaço, do espaço geográfico terrestre e do espaço geográfico universo, vimos que essa ânsia pelo saber está afeita no primeiro momento a uma espécie de espanto, espanto que traz em seu bojo não só o deslumbramento, mas também o medo, afinal essa natureza não é palco apenas do que é belo, mas também do que é perigoso. Se esse ser frágil, em meio a vários outros seres ferozes e várias intempéries do espaço geográfico, chamado homem quiser continuar a viver, ele vai ter que conhecer e transformar essa natureza de modo que ele possa viver seguro, evitando as grandes chuvas, terremotos,secas, animais venenosos, predadores, entre outros. Daí nasce toda a organização e construção humana, nasce a sociedade e a tecnologia, nasce aquilo que Rousseau chamará de contrato, um contrato em que todos irão cooperar na organização e construção da sociedade, respeitando, criando e aprovando regras para boa convivência, onde eu abro mão de alguns desejos a fim de assegurar a harmonia de todos. Com isso, quero dizer que o homem transformou a natureza, construiu casas, pontes, fábricas, armas, meios velozes de transporte e tudo isso ajudou o homem a sobreviver e a aumentar o número da espécie. O homem não pôde acabar com a natureza e nem acabar com os eventos naturais, mas pode burlar esses eventos, essas leis a seu favor, daí o conhecimento ser a grande guia da razão, em filosofia, chamamos de razão, essa luz, que ilumina e ajuda ver melhor. Mas essa luz pode iluminar e pode cegar. Vejamos como seguindo o exemplo do Japão.
Em março de 2011, acompanhamos o terremoto e que se seguiu do tsunami, causando grandes estragos no Japão, causando a morte de 11 mil pessoas, efeitos que não param por ai, haja vista que os estragos chegou as industriais e os resíduos delas pode provocar uma grande contaminação nuclear, o que afetara a população Japonesa sem precedentes, é uma contaminação hereditária já que a contaminação por material radioativo, provoca diversas implicações biológicas causando um comprometimento genético das células reprodutivas. E realmente não para por ai, já que a água e os alimentos acabam sendo infectados e com a circulação mundial de alimentos oriundos do Japão, os efeitos podem atingir a saúde da população de outros países. Por conta disso o acontecimento do Japão é um fato que encontra sua explicação e a fonte da sua preocupação no campo da geografia quando tratamos da geografia física e da geografia humana, com temas como a geopolítica, a globalização, e da filosofia quando nos deparamos com a ética, a escolha. Mas para compreender melhor isso começaremos entendendo como ocorre um Tsunami, isto é as causas de um tsunami e o que é um tsunami e/ou um terremoto. 

4 comentários:

Fredson Costa disse...

O Professor / a professora da contemporaneidade é aquele/a que além de ensinar, aprende com o/a discente, pesquisa e retorna pra sua práxis pedagógica com o desejo de "aprender a aprender", em cada contexto.
Então, prof. Cleidson de Oliveira, você com sua pedagogia interativa, intimista e dialógica, primando pelo ensino - pesquisa e extensão dentro e fora da sala de aula, bem como usando bem as Tecnologias da Educomunicação, é sem dúvida, um educador sujeito da contemporaneidade.
Vamos revolucionar juntos: sonhando - imaginando - lutando - refletindo e celebrando... esse "outro mundo possível". Um mundo mais fraterno e mais justo para todos, a partir da nossa arte-vida e da nossa praxis pedagógica.
Axé!
Fredson Costa
(poeta - educador - militante - ecologista - ator/autor - agricultor)

Cleidson de Oliveira disse...

Caro Fredson,
O mundo ganha mais brilho e cores nas suas palavras. Você consegue carregar as palavras de poesia, de mágica, de forma que quem faz a leitura se encanta. Agradeço grande filósofo e poeta por postar um comentário neste blog.
Abraços,
Cleidson

carolyne disse...

adorei a sua maneira de observar as coisas prof°
você tem talento no ramo da filozofia
parabens*

Cleidson de Oliveira disse...

Cara Carolyne,
Agradeço por apreciar o texto do blog e por postar algo tão pertinente, espero poder estar conquistando sua atenção em redações posteriores.
Um abraço filosófico,
Prof. Cleidson

Postar um comentário