Quando era criança gostava de
ficar parado fitando o horizonte. Algumas linhas que interrompem uma visão
horizontal são sempre um limite para a imaginação; existem algumas que consigo lembrar
bem, a linha horizontal oceânica, a linha horizontal de um cerrado, a linha horizontal
no cume de uma montanha. Embora tenham suas especificidades todas elas, de
certo modo, nos impõe uma interrogação: O que existe além da linha do
horizonte? Quando pequeno em minhas elucubrações infantis gostava de pensar
mundos que poderiam existir para além do firmamento, passava horas nesta
contenda entre o que pode existir e o que posso imaginar.
terça-feira, 29 de abril de 2014
Vadiagem com o pensamento: uma modalidade do ócio filosófico
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Por que o mundo precisa de filosofia?
Uma
pergunta seriamente desconcertante que pode ser feita a um filósofo, ou a um
estudante e mesmo a um professor de filosofia é: "Afinal, para que Filosofia?" Parece uma
pergunta tão boba, mas realmente é uma pergunta intrigante. Não raro, nos
tempos de universidade, via muitos mestres e doutores em apuros diante destes
questionadores de plantão. Estes, na maioria das vezes, não se contentavam com
essa "pequena pergunta" e acrescentava, ainda:
"E o que é Filosofia, meu senhor?".
Presenciar esses momentos conduziu a percepção da necessidade de encontrar boas explicações, caso quisesse
me livrar do calcanhar de Aquiles dos filósofos. Então, boa parte do que fiz na
universidade fora buscar funcionalidade e identidade para o curso que fazia. Desta forma
iniciei meu percurso e analisando a história (da Filosofia), percebi que a
questão de dar uma utilidade e um sentido a Filosofia é tão velha, mas minha
surpresa foi maior quando descobri que essa velhice não tira a originalidade da
pergunta, entretanto, tão pouco subtrai o nosso desconcerto diante das mesmas.
Parece ambíguo: perguntas sobre a utilidade e o significado da Filosofia
são velhas e mesmo assim continuam sendo feitas, feitas de forma como se fossem
novidades.
![]() |
Photo by Luis Machado |
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
O texto filosófico - Apoiar-se nos ombros dos gigantes
Em um texto bastante acessível o Prof. João Carlos consegue mostrar a
importância da leitura dos textos dos filósofos.
O prazer do texto
João Carlos Salles
De Salvador (BA)
Anos atrás, um aluno do curso de filosofia da federal
vangloriou-se por ter conseguido se formar sem ter lido um livro inteiro
sequer. Ora, isso dificilmente seria possível nos dias de hoje. Em quase todo
país, houve uma mudança considerável na concepção dos nossos cursos e no perfil
profissional de nossos egressos.
domingo, 30 de dezembro de 2012
MINHAS AULAS
Clique nas aulas para abri-las:
Estética e Filosofia - 3º ANO Ensino Médio
A arte e a industria cultural - 3º Ano Ensino Médio
terça-feira, 27 de novembro de 2012
O foco na sociedade

A convivência humana chegou a um nível tão alarmante que foi necessário o surgimento de uma área do conhecimento que se especializa em investigar quais são os fenômenos que tornam as relações sociais tão conflituosas e ao mesmo tempo provocam mudanças drásticas no cenário econômico, político e estrutural de uma época.
Vários fatores decorrentes de revoluções sistemáticas levaram ao surgimento de intelectuais que pudessem pesquisar porque os acontecimentos como Revoluções Sociopolíticas (Rev. Francesa), revoluções intelectuais (Iluminismo) e Revolução na forma de produção e organização humana (Rev. Industrial) levou a uma série de transformações na vida do homem e do seu habitat na modernidade: Deslocamento do homem do campo para os centros urbanos em busca de emprego, sendo que essa oferta quase nunca atendia a demanda, logo se deslocava muito mais pessoas do que a quantidade de vagas disponíveis nas empresas, gerando o desemprego, surgimento de favelas e bolsões de pobreza, aumento da criminalidade e das doenças psicológicas e uma série de eventos que comprometia a convivência social e o desenvolvimento das cidades, palco dessas revoluções. Deve-se levar em conta também a realidade de trabalho e sobrevivência desses homens-mulheres-crianças (operários), uma realidade que chamava a atenção por deixar a margem qualquer aspecto de humanidade e tentar justificar toda e qualquer atrocidade com o argumento do desenvolvimento e progresso. A reflexão em torno dessas questões supracitadas levou ao surgimento da sociologia, uma disciplina que tem como objeto de estudo a sociedade, a forma como se relacionam os seres humanos e os diversos fatores que decorem dessa relação. Assim a sociologia pergunta: Por que os seres humanos tem necessidade de viver em sociedade, tal qual a sociedade cujo cenário foi descrito? O que mantém a coesão social? Ainda que essa coesão se sustente sobre a opressão de muitos, em favor de poucos? Quem deve controlar a sociedade? Esse controle advém de um consenso social, ou é fruto de uma escravidão histórica que foi se camuflando até chegar a um estágio de possível legitimidade? Qual a melhor forma de organização social? O que são e como funcionam as instituições que surgem quando o homem decide viver em grupo? Como se dá a relação do homem com o espaço geográfico? Essas perguntas e outras mais complexas formam o campo de estudo e análise da sociologia e, para respondê-las, muitas mentes emergiram, gerando um palco de discussão que molda o campo de estudo da sociologia.
Nossa proposta inicialmente é entender o que é essa ciência, quais foram os fatores que possibilitaram seu surgimento, quais os elementos da sociedade que a mesma busca averiguar e quais foram os primeiros pensamentos e pensadores da área da sociologia e em seguida buscar estabelecer a relação da sociologia com o que estudamos até hoje em filosofia.
Nossa proposta inicialmente é entender o que é essa ciência, quais foram os fatores que possibilitaram seu surgimento, quais os elementos da sociedade que a mesma busca averiguar e quais foram os primeiros pensamentos e pensadores da área da sociologia e em seguida buscar estabelecer a relação da sociologia com o que estudamos até hoje em filosofia.
Assinar:
Postagens (Atom)