Em 02 de junho de 2008 foi sancionada a lei que altera o artigo 36 da LDB (Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional). Essa alteração diz respeito a obrigação da presença das disciplinas Sociologia e Filosofia nos currículos das instituições educacionais de ensino médio. A presença das duas disciplinas é uma conquista de toda sociedade brasileira, que, representada por diversos setores ,vinha, há muito tempo, brigando pela inclusão das disciplinas na grade curricular.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
Propostas Curriculares para o Ensino de Filosofia
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Breaking Bad, Platão e a moralidade
Walter é um professor de química
de uma escola secundária nos Estados Unidos, além de lecionar ele também
trabalha em uma loja de conveniência, como uma forma de angariar mais recursos para
ajudar nas despesas em casa, onde ele vive com a esposa, que está grávida, e um
filho que teve paralisia cerebral. Walter tem então 50 anos, leva uma vida pacata como um intelectual fracassado, suas aulas de química são tidas como chatas, no
posto onde trabalha ele sofre com o excesso de autoridade do seu patrão e quase nunca
pode responder exatamente por sua vida. Parece que Walter aposentou seus
sonhos, seus projetos e selou os olhos para tentar não vê-los.
Ao completar 50 anos ele descobre
que está com um câncer, um cancro pulmonar fulminante. Os médicos não sabem ao
certo, mas as perspectivas de vida de agora em diante são mínimas, a morte bate
na porta do seu quarto e a qualquer momento poderá entrar. Aparentemente
ele não se importa com a morte, com o fato do fim da vida, parece que não
vivera até então uma vida bem vivida, mas ele se importa com aqueles que irá
deixar, se importa com seu filho, com sua esposa e sua filha que está para
nascer, se importa com a hipoteca da casa. O futuro é incerto para morrer
agora. Evitar a morte provavelmente é impossível; pensando bem e analisando
dentro de algumas estatísticas ele pode viver um pouco mais, ou mesmo quem sabe pode até
ficar curado, existem casos milagrosos que fogem das perspectivas da medicina,
mas todavia isso é incerto, muito incerto para deixar aquietar sua mente e
coração. Se tiver que morrer agora, deixando algum sentido
para a vida, é aquele de que deixou sua família, mas deixou eles bem. Mas, como fazer isso, uma vez que deixar sua família bem, pressupõe
conseguir bastante recurso financeiro, suficiente para quitar a casa, pagar a
faculdade do filho e as despesas da esposa e da criança?
Com a vida de professor e no
posto de gasolina, mesmo que consiga viver mais uma década, não será possível,
o que ganha é o suficiente para manter as despesas da casa e só isso. Com isso
Walter White precisa descobrir uma forma de ganhar dinheiro rápido, ele precisa
ser mais rápido que o câncer. Nessa corrida que conduz para morte ele precisa
encontrar um atalho que leve ao dinheiro, muito dinheiro.
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Poço encantado: uma viagem por nossa humanidade
A criança é a inocência, e o esquecimento, um
novo começar, um brinquedo, uma roda que gira
sobre si, um movimento, uma santa afirmação.
novo começar, um brinquedo, uma roda que gira
sobre si, um movimento, uma santa afirmação.
Nietzsche
Na infância
manifestamos um sentimento que se aproxima muito da claustrofobia. Quando somos
criança temos medo dos lugares fechados, temos medo de ficar sozinhos, temos
medo do escuro e temos medo do que fica em local escuro, fechado e abaixo no
subsolo.
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A construção
imagética que fazemos desses locais é tão forte que se transforma em dimensões
simbólicas, conscientes e inconscientes, desdobrando, na idade adulta, em um
compartimento "porânico" (me permitam o neologismo aqui) na nossa
vida, na nossa existência. Esse compartimento é uma parte de nós onde lançamos,
de forma voluntária e involuntária, as lembranças duras que vivenciamos. O
porão-caverna-poço físico da nossa infância ganha uma dimensão imaterial e
passa a habitar nossa alma, nosso coração, nossa memória. Recorremos a muitos
artefatos para isolar a figura do porão que se manifesta de tantas formas. O
entretenimento, a diversão, são fugas desenfreadas nas inúmeras tentativas de exílio
do porão.
domingo, 12 de outubro de 2014
Afirmar a vida filosofando
Essas pessoas ensinam aprendendo
e fazem dá sua vida um convite constante, um leve e profundo convite
existencial. Quem aceita o passeio em contato com essas pessoas, certamente
ficará cativo, cativo desse diálogo.
É assim que gosto de pensar/lembrar
Rubem Alves, Hugo Kutscherauer, Leonardo Boff, Sócrates, Epicuro, Sartre.
Alguns conheci pessoalmente, outros, conheço por suas obras, ou por obras de
admiradores e críticos.
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Será o amor uma falácia?
Photo de Luis Machado |
O amor é ou não é uma falácia? Eu me arrisco a dizer que não. Entretanto, em tempos de crise, onde o navio das relações amorosas encontra-se a deriva e a linha que une o início e término do que se supunha ser o "amor da vida" é tão tênue, acredito ser interessante refletir sobre as questões que dizem respeito ao amor na era da"modernidade líquida".
O título do texto é falacioso, todavia, o texto em si é um convite interessante para perceber as falacias que usamos ou aceitamos nas mais diversas situações, ao mesmo tempo o texto é um passeio leve por questões importantes de lógica e argumentação, o que possibilita uma sensibilização quanto a necessidade de pensar bem, pois, "pensar bem, nos faz bem", sobretudo para o coração. Boa leitura!
O Amor é uma Falácia
Max Shulman
Não é comum ver alguém tão jovem com um intelecto tão gigantesco. Tomem, por exemplo, o caso do meu companheiro de quarto na universidade, Pettey Bellows. Mesma idade, mesma formação, mas burro como uma porta. Um bom sujeito, compreendam, mas sem nada lá em cima. Do tipo emocional. Instável, impressionável. Pior do que tudo, dado a manias. Eu afirmo que a mania é a própria negação da razão. Deixar-se levar por qualquer nova moda que apareça, entregar a alguma idiotice só porque os outros a segue, isto, para mim, é o cúmulo da insensatez. Petey, no entanto, não pensava assim.
- Não se mexa. Não tome laxante. Vou chamar o médico.
- Couro preto - balbuciou ele.
- Couro preto? - disse eu, interrompendo a minha corrida.
- Quero uma jaqueta de couro preto - disse.
Percebi que o seu problema não era físico, mas mental.
domingo, 11 de maio de 2014
O ENEM e a filosofia
A
filosofia tem sido cada vez mais frequente nas provas do ENEM e sua presença
não se resume a quantidade de questões que em 2013 foram 6, mas encontramos
textos e temas filosóficos tanto em questões de outras áreas, quanto na
redação. As questões de ordem filosófica aparecem no caderno de Ciências
Humanas e suas Tecnologias, que ocorre no primeiro dia de prova. Até 2010
as questões eram elaboradas de forma a cobrar muito mais a capacidade
interpretativa dos estudantes e seu conteúdo quase sempre se resumia a política
e cidadania, entretanto, desde 2012, quatro anos após a sanção da lei que
obriga o ensino de filosofia e sociologia no Ensino Médio, é exigido que o
estudante conheça o pensamento dos principais filósofos e os principais temas e
problemas filosóficos. Em 2013 no mínimo duas questões exigiram uma capacidade
além da habilidade interpretativa do estudante, uma delas trazia um texto de
Aristóteles do livro A Política, nesta encontrava-se um trecho da obra do
autor, onde o mesmo falava diretamente sobre a felicidade, a resposta correta
desta questão exigia um prévio conhecimento do pensamento do filosófico
grego.
terça-feira, 29 de abril de 2014
Vadiagem com o pensamento: uma modalidade do ócio filosófico
Quando era criança gostava de
ficar parado fitando o horizonte. Algumas linhas que interrompem uma visão
horizontal são sempre um limite para a imaginação; existem algumas que consigo lembrar
bem, a linha horizontal oceânica, a linha horizontal de um cerrado, a linha horizontal
no cume de uma montanha. Embora tenham suas especificidades todas elas, de
certo modo, nos impõe uma interrogação: O que existe além da linha do
horizonte? Quando pequeno em minhas elucubrações infantis gostava de pensar
mundos que poderiam existir para além do firmamento, passava horas nesta
contenda entre o que pode existir e o que posso imaginar.
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