segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Por que o mundo precisa de filosofia? (Parte 1)

Koninck. A Philosopher (1635, Madrid, Museo del Prado)

Creio que a pergunta mais desconcertante que se possa fazer a um filósofo, ou a um estudante e mesmo a um professor de filosofia é: "Afinal, para que filosofia?" Numa tentativa de expressar o sentimento que nos acomete neste momento, posso igualar ao sentimento advindo da pergunta que todas as crianças quando pequenas receberam: "O que você quer ser quando crescer?" Um nó nos toma a garganta neste momento e nos invade um calafrio. Parece uma pergunta tão boba, mas realmente é uma pergunta intrigante. Não raro, nos tempos de faculdade, via muitos mestres e doutores em apuros diante destes questionadores de plantão que, na maioria das vezes, não se contentavam com essa pequena pergunta e, vendo o ponto fraco do seu oponente, desfechava o golpe mortal com a perguntinha mágica: "E o que é filosofia meu senhor?". Desta forma, percebi que teria que encontrar explicações, boas explicações, caso quisesse me livrar do calcanhar de Aquiles dos filósofos. Então, boa parte do que fiz na acadêmia fora buscar funcionalidade e identidade para o que eu fazia. E assim iniciei meu percurso e analisando a história, percebi que a questão de dar uma utilidade e um sentido a filosofia é tão velha quanto as Pirâmides do Egito, e me concentrei nas respostas mais novas e as mais conhecidas, desde aquelas que dizem: "Ora essa, filosofia é o amor a sabedoria", ou até mesmos as que diziam que ela é um segredo impenetrável. A primeira, por mais poética que venha a ser, a meu ver, não nos tira tanto do problema, pode até servir como uma descupazinha, mas imaginemos que nos  deparamos com um advogado cético, ou com aquele pai da sua namorada que é médico e quer te ver a todo custo longe da filha dele e te enche com perguntas e mais perguntas para no final dizer: "você deveria ter feito advocacia, engenharia" e todas as outras "ias". Essa resposta não nos ajuda muito, até porque ela nos leva a questionar que amor é esse? O que difere ele dos demais amores? Será que é igual ao amor de Romeu? E ai vamos nos deparar com Djavan, é um "amor que não cabe em sí" e com isso caimos na poesia, na música.

2 comentários:

Fredson Costa disse...

Parabéns, filósofo Cleidson de Oliveira pelo lindo blog e pelos belos textos, postados...!!!
Com certeza a filosofia é tão necessária para a humanidade quantoa água é para os peixinhos do mar... Logo, viva o amor sem limite ao filosofar...!!!
Filosofar é fazer e celebrar a vivência da sabedoria no dia a dia. Filosofar é amar?(!!!)
É!!! (???).

Cuidadosamente,

Fredson Costa (apenas poeta).
E-mail:costa_fredson@yahoo.com.br

willas santos disse...

Eu sou fascinado pela filosofia.A filosofia é essencial para nós humanos, precisamos pensar, para que possamos fazer novas descobertas e alcançar nossos objetivos.Filosofar é acreditar que sempre haverá uma nova resposta.

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